Publicado no Jornal "A Tarde" dia 20/06/13
"Quando
as injustiças sociais atingem o clímax e a indiferença dos governantes
pelo povo que estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob o
açodar dos conflitos íntimos e do sofrimento que se generaliza, nas
culturas democráticas, as massas correm às ruas e às praças das cidades
para apresentar o seu clamor, para exigir respeito, para que sejam
cumpridas as promessas eleitoreiras que lhe foram feitas...
Já
não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as
com os instrumentos da agressividade policial e da indiferença pelas
suas dores.
O
ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo
ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de
dignidade.
Não
há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo de governos
arbitrários, nem da aplicação dos recursos que são arrancados do povo
para extravagâncias disfarçadas de necessárias, enquanto aeducação, a
saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano inferior.
A
utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses dos
administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a ignorância,
auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em
vez do assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o
clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.
É
lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a
soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se desses nobres
movimentos e os transformem em festival de destruição.
Que,
para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas
pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão para reclamar
justiça e apoio nas suas reivindicações.
O
povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão quando
atendidas as suas justas reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens,
os cidadãos do futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames
condutas... porém, em ordem e em paz."
* Divaldo Franco escreve às quintas-feiras, quinzenalmente no Jornal A Tarde/Salvador Bahia
Enviado por Jorge Moehlecke
A FEB e o Momento Atual – Visão de Allan Kardec
Federação Espirita Brasileira - Conselho Federativo Nacional
21/06/2013 17h41 - Atualizado em 27/06/2013 09h01
A FEB e o Momento Atual – Visão de Allan Kardec
Allan Kardec pergunta: Segue sempre marcha progressiva e lenta o aperfeiçoamento da Humanidade?
Os Espíritos respondem: “Há
o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas. Quando,
porém, um povo não progride tão depressa quanto devera, Deus o sujeita,
de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma.”
Allan Kardec comenta: O
homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem
de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou. Ele se instrui
pela força das coisas. As revoluções morais, como as revoluções
sociais, se infiltram nas idéias pouco a pouco; germinam durante
séculos; depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do
carunchoso edifício do passado, que deixou de estar em harmonia com as
necessidades novas e com as novas aspirações.
Nessas
comoções, o homem quase nunca percebe senão a desordem e a
confusão momentâneas que o ferem nos seus interesses materiais. Aquele,
porém, que eleva o pensamento acima da sua própria personalidade, admira
os desígnios da Providência, que do mal faz sair o bem. São a procela, a
tempestade que saneiam a atmosfera, depois de a terem agitado
violentamente.
(Questão 783, O Livro dos Espíritos)
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