quarta-feira, 25 de abril de 2012

QUESTÕES SOCIAIS QUE ENVOLVEM DIREITOS HUMANOS FAZEM PARTE DA PAUTA DO MONACI – PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Aristéia Moraes Rau, fundadora do Monaci, participou no último dia 14/04/2012 do 1º FÓRUM DE DIGNIDADE MÉDICA em Curitiba. Discorreu sobre as questões que envolvem os direitos humanos numa perspectiva histórica, a inserção da matéria na CF/88 (art. 1º, item III) e a importância desse princípio vetor na gestão pública e finalidade única do Estado, ou seja, como afirma Ingo Wolfgang Sarlet: "O Estado que existe em função da pessoa humana, e não o contrário, já que o ser humano constitui a finalidade precípua, e não meio da atividade estatal" (obra "Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais"). Ressaltou que a violência maior contra os profissionais da medicina é a violação da dignidade do direito à saúde, infelizmente ainda uma realidade em nosso país. Essa mesma falta de cuidado se visualiza na educação e, principalmente, com o abandono das crianças e jovens que estão sob a tutela do Estado. Todo esses problemas (saúde – dignidade do médico/paciente, educação e crianças/jovens abandonados) fazem parte de uma péssima gestão da coisa pública. Citou como exemplo, a compra de carros para os desembargadores do TJ/PR ao custo de 4,5 milhões e mais 2,2 milhões ano para pagamento de motoristas, quando o aparelhamento do Estado do Paraná em questão de entrega da tutela jurisdicional é de péssima qualidade. Das mais de 1300 crianças abrigadas no Estado do Paraná, apenas 153 estão na fila de adoção. Como justificar para a sociedade do descumprimento sistemático do Estatuto da Criança e do Adolescente?

 www.dignidademedica.org/
 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

CRIANÇAS QUE AGUARDAM UMA FAMÍLIA NO RJ. ENTRE EM CONTATO COM O MONACI COM URGÊNCIA

Alguém para: 1) menino pardo de 7 anos 2) menino negro de 8 anos 3) menino pardo de 9 anos 4) menino branco de 11 anos 5) casal de gemeos pardos de 8 anos , de preferência com a irmã parda escura de 12 anos 6) três crianças pardas de 8, 9 e 10 anos, somente o mais novo é menino 7) três crianças pardas de 9 anos (menino), 10 anos (menino) e 13 anos (menina) 8) dois irmãos de 11 anos (menino)e 13 anos (menina)- negros 9) dois meninos pardos de 10 e 12 anos 10) tres irmas pardos, menino de 8 anos, menino de 10 anos e menina de 13 anos 11) menina negra de 10 anos 12) menina parda de 10 anos

segunda-feira, 16 de abril de 2012

PR tem o segundo maior número de pais candidatos à adoção


Hoje são cerca de 2.000 casais, 600 destes estão em Curitiba, onde 153 crianças aguardam para serem adotadas

Em 2011, dados do Cadastro de Adoções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontavam a existência de 7.949 crianças disponíveis para adoção no país, em contraposição a 30.378 candidatos a pais. Segundo informações do CNJ, o Paraná é o segundo estado brasileiro com maior número de pretendentes à adoção. Hoje são cerca de 2.000 casais, 600 destes estão em Curitiba, onde 153 crianças aguardam para serem adotadas.

A falta de planejamento familiar, o perfil dos casais em relação à idade e à raça das crianças colaboram para a dificuldade em zerar o número de crianças e adolescentes aptos a serem adotados. No entanto, candidatos a pais e especialistas sobre o tema afirmam que a morosidade do Poder Judiciário tem papel determinante na espera de ambos os lados – casais que querem adotar e crianças e adolescentes que desejam uma família.O Grupo de Apoio à Adoção Recriar - Família e Adoção, ONG da capital paranaense que oferece orientação e apoio a casais candidatos a pais, realizou um levantamento que aponta uma demora de aproximadamente um ano para a habilitação dos casais interessados em adotar. Após a aprovação, são em média mais dois anos de espera para aqueles que desejam adotar grupos de irmãos; três anos para a adoção de uma criança acima de seis anos; e aproximadamente cinco anos para a adoção de um bebê de até um ano de idade.

Neste tempo, muitas crianças vão perdendo gradativamente o ‘brilho dos olhos’ e amargando uma espera que não se concretiza de ter uma família, quer consanguínea ou não. Não há como mensurar as perdas na fase inicial da vida de um ser humano, principalmente diante de um quadro onde não há falta de pais habilitados nem impedimentos legais”, afirma Homero Cidade, parceiro da ONG Recriar e candidato a pai na fila de adoção.

O drama começa antes mesmo de ser cogitada a adoção legal. Em Curitiba, cerca de 1.300 crianças e adolescentes vivem em abrigos. Em todo o estado, são cerca de 4.500. Desde 2009, a Nova Lei de Adoção determina que os juízes das Varas da Infância e Juventude devem fazer relatórios semestrais sobre a situação de cada criança e adolescente abrigado e decidir dentro do prazo de dois anos se haverá retorno à família de origem, se um parente assume a responsabilidade de criação ou se a criança deve ser incluída no Cadastro Nacional de Adoções. São aproximadamente 1300 relatórios por semestre, além dos trabalhos rotineiros e complexos de uma Vara da Infância. O problema é que o Judiciário não possui estrutura e profissionais suficientes para atender a essa demanda de forma satisfatória. Em Curitiba, são apenas duas juízas, em duas Varas da Infância e Juventude.Homero Cidade, engenheiro agrônomo, e Rebeca Cidade, bacharel em turismo, desejam adotar um grupo de irmãos. Candidatos a pais já habilitados à adoção, descobriram ao longo do processo que centenas de crianças crescem institucionalizadas enquanto pessoas como eles buscam constituir uma família. Em parceria com a Recriar – Família e Adoção, a outros candidatos a pais e também pessoas da comunidade, o casal decidiu encabeçar uma campanha pela criação de mais Varas da Infância e Juventude no Paraná e pela melhoria da infraestrutura das que já existem em Curitiba e em outras comarcas do estado.

O grupo recolheu, desde janeiro, cerca de 2.000 assinaturas de apoio à causa em um documento que foi entregue no dia 21 de março, ao presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), Desembargador Miguel Kfouri Neto.“O ponto central que move estas diversas entidades e pessoas é o direito à convivência familiar e comunitária que foi sacramentado no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990. Mas, acima do direito das crianças está a justiça para as crianças, que se encontram alijadas deste convívio familiar, que é fundamental”, afirma Homero. Em resposta, o desembargador afirmou que ainda em 2012, as Varas da Infância e Juventude do estado contarão com mais 75 servidores, sendo 60 deles analistas e 15 técnicos judiciários. Em três anos, devem ser mais 200 profissionais. “Ainda não é o ideal, mas já é significativo”, afirma o presidente do TJPR. Sobre a criação de mais uma vara em Curitiba, Miguel Kfouri Neto se comprometeu em estudar a proposta com a corregedoria do tribunal e seguir adiante com a ideia, se ela mostrar-se viável.

Participaram da audiência com o presidente do TJPR: o casal Homero e Receba Cidade; Luiz Antonio Mariano, advogado e também candidato a pai adotivo; Elza Dembinski, vive-presidente da ONG Recriar; e Ana Lucia Cavalcante, psicóloga da ONG Recriar. O parecer positivo animou os representantes e voluntários da ONG, que devem continuar os esforços para agilizar os processos de adoção e diminuir a angústia de crianças e adolescentes e candidatos a pais.
Fonte: Bem Paraná

quinta-feira, 12 de abril de 2012

MONACI CONTINUA A DENUNCIAR DESCASO DO TJ/PR NA APLICAÇÃO DO ECA

EXEMPLO DA RAPIDEZ E EFICIÊNCIA NOS PROCESSOS DE ADOÇÃO QUE DEVERIA SER SEGUIDO PELA JUSTIÇA DO PARANÁ

REDE GLOBO - JORNAL NACIONAL - APRESENTA EXEMPLO DA RAPIDEZ E EFICIÊNCIA NOS PROCESSOS DE ADOÇÃO QUE DEVERIA SER SEGUIDO PELA JUSTIÇA DO PARANÁ



Link da reportagem: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/04/campanha-em-sc-incentiva-adocao-de-criancas-com-mais-de-tres-anos.html

Exibida no dia dia 10/04/2012

Campanha em SC incentiva a adoção de crianças com mais de três anos

Cerca de 80% das famílias que estão na fila de espera para "adoção" buscam meninas de no máximo três anos e sem irmãos.

Já faz mais de dez anos que o Jornal Nacional reserva um tempo para valorizar a ação de pessoas que ajudam outras pessoas. E você reconhece essas reportagens logo no início - porque elas sempre começam com uma marca forte, que tem as cores da bandeira do Brasil e uma frase musical do nosso hino.

A edição desta terça-feira (10) traz, mais uma vez, um exemplo desse Brasil bonito. Em Santa Catarina, a gente mostra o resultado de uma campanha que incentiva casais a adotarem crianças mais velhas e adolescentes.
Quando Mariá viu Juliana pela primeira vez ficou encantada. A menina tinha seis anos e morava num abrigo.  “Foi amor à primeira vista. Eu senti que aquela era a criança que eu queria adotar”, conta a professora Mariá Nascimento Pereira.
Mas aí veio a surpresa. “A Juliana correu para o meu colo e disse: ‘mas tem um problema’. Eu perguntei: qual é ? ‘tia, eu tenho mais três irmãs’", lembra.
O marido levou um susto. Fabio e Mariá já tinham dois filhos biológicos.
“Triplicar o time não é fácil, mas nós decidimos encarar”, afirma o professor Fábio Nascimento Pereira.
Hoje a família não tem dúvidas: o que triplicou foi o amor entre eles.
“Eu sinto vontade de falar para todo mundo que eu tenho a melhor família do mundo, a mais feliz, a mais alegre, a melhor família”, diz Mariá.
Histórias como esta são raras no Brasil. Cerca de 80% das famílias que estão na fila de espera para "adoção" buscam meninas de no máximo três anos e sem irmãos.
O desejo de encontrar uma criança "ideal" afasta os pais dos possíveis filhos adotivos. Para reduzir esta distância, Santa Catarina criou a campanha laços de amor.
Os vídeos produzidos e exibidos no estado incentivam a adoção de crianças que já passaram dos três anos de idade.
“Os pais imaginam que essas crianças que sofreram muito na sua vida até então, tenham numa nova vida marcas do passado. E isso, muitas vezes, preocupa e assusta. As experiências práticas mostram o contrário, mostram crianças sedentas de carinho que retribuem por dez aquilo que recebem dos pais adotivo”, explica o Deputado Gelson Merísio.
Gabriel já tinha sete anos e poucas esperanças de ser adotado quando Iria abriu os braços para ele.
“Foi crescendo o nosso amor, a nossa simpatia, a nossa afinidade e foi assim. Eu estou cuidando do Gabriel, ele está cuidando de mim, e nós somos felizes juntos porque é um momento especial para nós dois”, afirma a aposentada Iria Guterrez.
Amparadas, as crianças ganham confiança para construir o futuro: “Eu estou estudando muito porque eu quero ser juíza e o meu sonho é ajudar outras crianças a serem adotadas também”, diz Ana Claudia, de 15 anos.
“Não precisa esperar um filho, mas sim conhecer um filho”, acredita Juliana Nascimento Pereira, de 13 anos.
Essa campanha envolve o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, a Ordem dos Advogados e a Assembléia Legislativa de Santa Catarina.


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