Publicado no METRO curitibano, em 06/08/2013.
Para reivindicar do poder público prioridade na formulação de políticas públicas para crianças e adolescentes e a aplicação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), representantes de abrigos e casas de acolhimento de menores de Curitiba e região metropolitana prometem realizar uma manifestação na sexta-feira na capital.
Eles vão se reunir às 16h na Praça Santos Andrade, de onde partirão em caminhada rumo à Boca Maldita. "Queremos chamar a atenção para que o ECA não seja apenas um estatuto, mas para que tudo o que foi estudado seja colocado em prática, e para a criança e o adolescente serem prioridade nas políticas públicas. Hoje, a prioridade é só na teoria. A dificuldade é grande", afirma Renan Gustavo, coordenador do Lar Hermínia Scheleder.
Segundo Renan, muitas crianças e adolescentes seguem pelo caminho das drogas e da violência por falta de oportunidades. "Se eles não tiverem acesso ao que é bom, como saúde, educação e lazer, terão ao que é ruim. Se eles não recebem atenção, não são preparados pelo poder público, outros farão", alerta.
O movimento quer também estreitar o relacionamento com o poder público e cobrar mais atenção às casas lares. "Já existe um diálogo, mas as coisas precisam acontecer com uma breviedade maior na destinação de recursos para a área de infância e juventude. Precisamos de apoio para acolhimento. Eles vêm morar aqui, passamos a ser a família provisória deles, mas as instituições têm dificuldade de prover o básico. A responsabilidade está muito grande na mão das instituições, mas não temos nem poder e nem recurso para isso. O poder público cobra muito, mas não dá estrutura para o trabalho", critica Renan.
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