segunda-feira, 18 de julho de 2016

Ordem e Progresso: Palavras vazias enquanto o Brasil afunda


No Brasil a criação de comissões para discussão de temas específicos muitas vezes tem efeito contrário. É só se observar na área da política as sucessivas comissões sobre corrupção e quantas deram resultado satisfatórios aos enseios da população.

O Conselho Nacional de Justiça em 2009 criou as Coordenadorias da Infância e da Juventude no âmbito dos Tribunais de Justiças dos Estados (Resolução nº 94, 27/10/2009). Restringindo a atuação dessa coordenadoria apenas à questão da adoção, concluímos que os trabalhos por ela desenvolvidos, nesse particular, muito pouco melhorou a espera nas filas de adoção, a angústia das crianças e jovens abrigadas, os danos decorrentes de longo abrigamento, e muito menos teve a coragem de reformular um sistema que impede o cumprimento da Constituição Federal.

Tanto isso é verdadeiro, que no dia 28/06/2016, o Conselho  Nacional de Justiça, através da Resolução 231/2016, criou o Fórum Nacional da Infância e da Juventude (FONINJ), mais um local para discutir o quanto estamos longe de garantir à criança e ao adolescente o respeito ao princípio da dignidade humana.

Todas são iniciativas que não podem desconsiderar que o Brasil caiu 64 posições no ranking do relatório KIDSRIGHTS INDEX, que avalia o respeito aos direitos de ciranças e adolescentes. O Brasil perdeu a 43ª posição e ficou em 107º lugar, atrás da Argentina (33º), Chile (29º) e Colômbia (60º).

Ainda que o relatório tenha esquecido - como é de regra - da criança abrigada, se o relatório levasse em consideração o tempo de abrigamento em nosso país, que pode ultrapassar até 10 (dez) anos, a nossa colocação seria ainda muito mais vergonhosa.

Um país que sedia as Olimpíadas, mas que não tem motivo algum para comemorar.

Que as autoridades públicas discutam menos e façam mais!

"Se não buscarmos o impossível, acabamos por não realizar o possível."
Leonardo Boff

4 comentários:

  1. Realmente o Brasil é muito injusto com nossas crianças e adolescentes. Bastaria cumprir o princípio constitucional da prioridade absoluta. É uma vergonha. Vamos ter que contar com o poder de pressão e sensibilização da mídia e da vontade política das pessoas sensíveis à causa. Sugiro o apoio da nossa deputada federal Yared na qual ainda acredito.

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  2. Realmente o Brasil é muito injusto com nossas crianças e adolescentes. Bastaria cumprir o princípio constitucional da prioridade absoluta. É uma vergonha. Vamos ter que contar com o poder de pressão e sensibilização da mídia e da vontade política das pessoas sensíveis à causa. Sugiro o apoio da nossa deputada federal Yared na qual ainda acredito.

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  3. primeiro precisamos discutir a banalização dos abrigamentos..segundo duscutir a falta de politicas publucas que visem a manurençào de vinculos.terceiro ler o ECA que cuidou de registrar que adoção deve ser medida excepxional..temos que nos livertar da ideia de dar outra familia às criancas,banalizando as relaçòes afetivas pelo viés da pós modernidade do descartavel...relações materna e paternas liquidas? mesmo que as crianças sejam adotadas podemos ver o alto insucesso das adoções tardias.ADOÇÃO NÃO PODE SER A POLITICA PUBLICA..ELA DEVE SER A EXCESSÃO...

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  4. Eduardo José de Camargo Amorim da Silva25 de abril de 2017 às 17:35

    Eu estou a procura de uma criança. Independente da sua condição. Eu quero poder dar todo amor que guardo em meu peito. Fazer da criança a mais amada do mundo. Quero assumir a condição de pai e amar e amar muito...

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