terça-feira, 28 de agosto de 2012

DOIS ANOS DE ABANDONO PELO PODER JUDICIÁRIO


Hoje completa dois anos que conhecemos as quatro meninas portadoras de HIV. O Poder Judiciário não deu sequer a guarda das crianças e da adolescente para o casal Aristéia e Alberto, supostamente para um destino melhor. Só que até hoje elas continuam abrigadas.

Há exatos dois anos conhecemos quatro meninas especiais, abrigadas praticamente desde que nasceram, portadoras de HIV. Convivemos com elas por quatro meses, mas a sonhada guarda não foi deferida pelo Poder Judiciário. Em razão delas o MONACI nasceu e luta para que elas e as milhares de crianças abrigadas em Curitiba, no Paraná e no Brasil tenham respeitado o direito de viver em sociedade no seio de uma família.
Temos conquistado muitas vitórias, mas as promessas que nos foram firmadas pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, pelo Desembargador responsável pela Corregedoria do Estado do Paraná, pelo Ministério Público do Estado do Paraná, não foram cumpridas.
Continuamos a exigir dos poderes constituídos, a responsabilidade no cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, principalmente no que tange ao cumprimento dos prazos processuais, impedindo que as crianças envelheçam nos abrigos.
Ontem nossa filha, cuja carta precatória não foi devolvida ao Juízo do origem para possibilitar a sua efetiva adoção, quase completando um ano sem devolução, nos emociou ao participar de evento da Unesco - mãos unidas para uma cultura de paz. Ela é o exemplo de superação, de coragem, de persistência...ficou abrigada quase sete anos, mas agora está conosco, nos dando forças de resistir, de acreditar que juntos poderemos fazer que a sociedade brasileira seja digna de seus filhos.

QUE ELAS SAIBAM QUE AINDA ESTAMOS AQUI.

"Nunca percas a alegria de viver, em razão da maldade do maus, nem permitas que algumas nuvens sombrias e teimosas dos testemunhos empanem a claridade da tua jornada de iluminação...Em uma sociedade em que todos ambicionam receber e ganhar, sê tu aquele que reparte e que educa, que orienta e que distribui amor, até mesmo nas situações mais difíceis e desafiadoras..." (Divaldo/Joanna).

Agradecemos a participação de todos. CONTINUAMOS NA LUTA!

MONACI

Um comentário:

  1. Eu estou na fila de adoção que não anda nunca em SC... Agora ainda, meu marido e eu, temos que participar de um curso de pais... eu só queria entender pq só as pessoas que adotam tem que passar por toda essa burocracia... Já é doloroso saber que não posso engravidar e ainda ter que passar por toda essa burocracia e saber que existem crianças como essas 4 meninas que precisam de um lar e tem pais com braços abertos para recebe-las me faz entender menos ainda a justiça brasileira...

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