domingo, 27 de março de 2011

Monaci ganha apoios da Associação dos Servidores e do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná

A adesão ocorreu durante homenagem prestada á sete policiais federais, dentre eles, a um dos militantes do Monaci - Movimento Nacional das Crianças “Inadotáveis”, o policial federal aposentado, Alberto Alvares Rau, por sua atuação em defesa da família e das causas sociais.

Em comemoração ao Dia do Policial Federal de Curitiba (08/03), foi realizado, neste sábado (26), um almoço de confraternização na sede social da Associação da Polícia Federal do Paraná, quando membros e entidades (SINPEF-PR e ASPF/ Curitiba), declararam apoio integral ao Monaci.

O Movimento que não para de ganhar apoios e seguidores surgiu a partir das dificuldades enfrentadas pela família Rau, junto ao juizado da Segunda Vara da Infância e Adolescência de Curitiba, no pleito pela adoção de quatro crianças portadoras de HIV.

Através da dolorosa experiência dessa família, por ter o convívio com as menores interrompido, após quatro meses de intensa afetividade e expectativas, é possível afirmar que as crianças portadoras de HIV chegam às instituições/abrigos, recém nascidas, e não têm o seu direito assegurado, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, de serem devolvidas para as famílias de origem, quando houver condição, ou terem o poder familiar destituído, para que sejam inseridas no Cadastro Nacional da Adoção (CNA).

Para o superintendente da Polícia Federal do Paraná, Maurício Leite Valeixo, a negativa da Juíza que atua no caso, é bastante questionável. “Fico muito sensibilizado com uma causa tão nobre como a desse movimento. È preciso que a juíza seja mais transparente no processo. Que se ela tiver algo que impeça a família de obter a guarda das menores, que os receba e que seja clara, pois pelo que podemos perceber, está evidente a ausência de critérios, faltando justamente a transparência”, disse Valeixo. Para ele, a idéia de sociedade é de que cada cidadão contribua, pois problemas em processos como esse, só se minimizam com a contribuição de todos, se mobilizando e expondo a situação.

A chefe do Departamento de Imigração, da Polícia Federal, Ana Buffara, disse que observa que as famílias estrangeiras adotam até cinco crianças no Brasil, e quase sempre, aquelas crianças, consideradas como de adoção impossível, devido a idade tardia e complicações de saúde em geral. Para ela, os brasileiros ainda têm muita resistência em entender o sentido da adoção e quando querem realizar um gesto altruísta, as dificuldades são muitas. “Essa nossa família brasileira, que quer adotar portadores de HIV, está com uma visão acima da média e merece todo nosso apoio”, destaca Buffara.

Já, para o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná, Sílvio Renato Jardim, a causa é tão justa, que a homenagem ao policial Alberto Rau, membro da família que deu início ao Monaci, é baseada na gradeza de espírito, servindo de exemplo para todos. “Trata-se de um gesto incomum. A gente conhece a família do Rau e sabemos da franqueza deles nesse assunto. É realmente um desprendimento nobre, desses que a gente só vê em pessoas como eles. Vamos apoiar de todas as maneiras que pudermos”, disse Sílvio.

Dentre tantos outros, o Monaci recebeu ainda, o apoio do casal Ana Paula Miranda (policial federal) e Átila Galvão (publicitário). Eles estão na fila para adoção, desde maio de 2008 e não recebem resposta alguma. “Penso que o judiciário não entende que além da necessidade de agilizar para que o sofrimento dessas crianças seja minimizado, os pais também ficam muito aflitos, pois passamos por todos os sentimentos de estar esperando por um filho que não sabemos quando e se vem. A sensação que temos é de que querem nos estimular a desistir”, desabafa Paula.
O blog www. monaci.com.br, já conta com mais de três mil acessos, em sua primeira semana de existência.

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