domingo, 19 de julho de 2015

PESQUISA CIENTÍFICA DEMONSTRA AS "CICATRIZES PROFUNDAS" DEIXA PELO ABRIGAMENTO

"Pesquisa realizada com crianças abandonadas pelos pais biológicos na Romênia mostrou de forma contundente o impacto devastador que a experiência de passar os dois primeiros anos de vida dentro dos limites impessoais de uma instituição pode causar sobre a mente e o cérebro".
A matéria está inserida na Revista Mente Cérebro de junho com o título "Cicatrizes Profundas".
Como está destacado no artigo científico, a pesquisa teve como população alvo três grupos de crianças definidos: crianças colocadas em lares substitutos, crianças institucionalizadas (abrigos públicos) e crianças que nunca foram abrigadas, em síntese. O resultado, segundo os dados colhidos, aponta uma dramática diferença entre os grupos: baixo quociente intelectual e distúrbios afetivos. Cita-se o exemplo de Sebastian de 12 anos, que viveu abrigado a vida toda, teve uma diminuição em seu QI em 20 pontos. Isso o tornou um adolescente instável, predisposto a comportamento de risco.
É uma pena que os estudos nacionais, a exemplo do trabalho de pesquisa da Dra. Lidia Weber, que     também discute os males do abrigamento perpétuo, não sensibilize os operadores do direito.
O que dizer de nossas crianças que são submetidas ao abrigamento compulsório, sendo chamadas corretamente pelo Cadastro Nacional de Adoção como "filhos dos abrigos. 
Não é preciso ir até a Romênia para ter uma história idêntica ao de Sebastian. O Brasil tem milhares de casos idênticos, com jovens que estão marginalizados e em grave risco social. 
Urge que se interrompa o círculo vicioso de abrigamento pena, cumprindo-se o Estatuto da Criança e do Adolescente para que o abrigo de hoje não se torne em prisão amanhã.   

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